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Cigel participa do Workshop Atualidade Cosmética

21 de outubro de 2018
equipe-cigel

A Cigel foi notícia no site Cosmética News, da Cusman Editora, no último dia 16/08/2018. Confira os destaques da matéria.

Tradicional, a Indústria de Beleza do Ceará não sai correndo para seguir qualquer onda que apareça. O que não quer dizer que suas empresas não estejam atentas ao que se passa no mercado

 O mercado cearense de cosméticos não é nem o maior, nem o que tem o maior número de indústrias. De acordo com a ANVISA, 67 empresas locais estão aptas a operar no mercado de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Dessas, 19 são filiadas ao Sindquímica-CE, que representa as indústrias cosméticas no estado. O faturamento estimado das indústrias locais gira entre R$ 120 milhões e R$ 150 milhões. 


Mas basta conversar com os empresários cearenses da indústria e do varejo de beleza para se assegurar de uma coisa: eis um povo que não tem medo de “cara feia” e que não reclama à toa. É verdade que os governos locais, desde o primeiro mandato do ex-governador Tasso Jereissati, no início dos anos 1990, têm dado grandes incentivos às indústrias que produzem localmente. Isso ajudou a tornar o estado competitivo e permitiu o avanço de grandes grupos empresariais como Edson Queiroz, M Dias Branco, J Macedo e até mesmo varejistas como a Pague Menos por todo o Brasil; embora isso reflita uma guerra fiscal que também pune as indústrias locais em certos estados, inclusive a Bahia. 


Isso ajudou a criar uma cultura no estado que se reflete numa indústria de beleza que dentro das suas limitações, tem sido dinâmica para se modernizar e evoluir com sua oferta de produtos, de olho em categorias de maior valor agregado e, também, em modernizar sua oferta para atender aos gostos e anseios de novos consumidores. “A indústria do Ceará é dinâmica. Temos muitas empresas pequenas aqui que tem visão, vão buscar o que está acontecendo lá fora e estão crescendo”, acredita Paulo Gurgel, fundador e presidente da fabricante Cigel Cosméticos. Mas, tudo isso é feito sem abrir mão das suas características, que envolve ser muito tradicional. A indústria cearense não é “novidadeira”, daquelas que vão sair correndo para seguir as “invencionices” que volta e meia “bombam” no mercado de beleza. Suas empresas costumam concentrar suas vendas nas regiões Norte e Nordeste, com forte destaque para o próprio Ceará, que responde pelo maior mercado para as empresas locais.


Diferentemente do que acontece em outros mercados do Nordeste, a atuação das indústrias locais é mais diversificada em termos de categorias, com destaque para sabonetes antissépticos e íntimo, banho de lua, água oxigenada e repelentes. 


Os produtos para os cabelos não reinam absolutos por lá, embora naturalmente tenham seu espaço no portfólio das indústrias locais. Eles foram um dos pontos de partida na história da Cigel, fundada em 1986. Com dificuldade para introduzir os produtos nos distribuidores e grandes varejistas, ela foi encontrar seu espaço nas periferias, vendendo diretamente para o pequeno varejo e salões de beleza. Ao se destacar nas prateleiras dos “mercadinhos”, a marca chamou a atenção primeiro dos atacadistas e, logo na sequência, dos maiores distribuidores do estado. A partir daí, a Cigel começou a galgar espaço nas principais redes de varejo com a sua marca Alyne e alcançou a liderança no estado e no Norte do País nas categorias de água oxigenada cremosa e acetona. 


Em shampoos e condicionadores, a marca figura entre as mais vendidas no Ceará, dividindo prateleiras com gigantes como Unilever e L’Oréal. A estratégia da empresa não tem muito segredo, oferecer um produto de qualidade por um preço cerca de 25%, 30% mais baixo do que as marcas líderes tradicionais. E, nessa batida, a marca vem crescendo ano após ano, na base de um dígito alto, superando os dois dígitos em alguns casos. Já a companhia como um todo vem sustentando um crescimento na casa dos dois dígitos nos últimos anos. “Somos tradicionais, mas não conservadores. Estamos sempre renovando as nossas linhas e introduzindo novidades”, conta o fundador da companhia, que além de Alyne, produz as marcas Aseplyne, de sabonetes antissépticos; Delicardem, de sabonete íntimo e corporal e o repelente Repele Mais. Com vendas estimadas entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões ao ano e mais de 200 funcionários, a Cigel é hoje a maior empresa de cosméticos do Ceará e uma das cinco maiores do Nordeste. A companhia tem foco de atuação nas regiões Norte e Nordeste e atua, principalmente, via distribuidores especializados, os DEC’s e outros atacadistas e distribuidores. 


O atendimento ao varejo especializado e aos varejistas nacionais, como o Cencosud, dono de bandeiras como G. Barbosa e Perini, e a rede de drogarias cearense Pague Menos, é feito diretamente pela Cigel. Aliás, o canal farma é um foco de expansão para a empresa, que busca se aproximar de distribuidores de medicamentos no Nordeste. 


Como é a tônica entre os empresários de beleza do Ceará, Paulo não corre para seguir (e nem para lançar) a última moda do mercado. O fato de não seguir “ondas”, entretanto, não quer dizer que a Cigel não olhe para novas oportunidades de mercado. A estratégia da empresa para saber se a oportunidade vale a pena é traçar uma linha-piso nas vendas de produtos que são o hit do momento no setor. “Aquele produto vai ter o boom e depois, naturalmente, vai ter uma queda. Se as vendas caírem até o nível que a gente traçou e a partir daí seguirem numa linha reta, a gente entra”, conta. Paulo diz que muita gente reclama que a Cigel demora para lançar seus produtos. Mas, como diz o empresário, ele entra na estabilidade. “Se eu lanço o produto rapidamente para pegar o boom de vendas, o que é que vai acontecer? A gente vende muito, estoca o distribuidor e o lojista e aí, de repente, aquilo deixa de vender. É um tal de cliente ligando, querendo devolução e, se você não aceita a devolução, você gera atrito com o cliente. É um stress muito grande”, lembra Paulo, que viveu uma situação assim com o álcool gel durante o surto de H1N1. “Por isso que a gente não entra nesses movimentos bruscos”, emenda. 


A Cigel reformulou a linha capilar, com novas fórmulas, fragrâncias e visual. E nela traz opções para cabelos matizados e cacheados, dois segmentos que explodiram, mas se provaram sustentáveis. O empresário vê como uma tendência natural da empresa entrar cada vez mais em categorias de maior valor agregado e – apesar de ser uma companhia que opera em mercados de grandes volumes – aproveitar oportunidades que existem para desenvolver nichos ainda pouco explorados dentro do universo de clientes da empresa. Outro foco de atenção é o início de uma expansão para a região centro-oeste.


O consumidor da Alyne é, majoritariamente, de classe C/D, de 20 a 35 anos. E é um público de tradição, que tem vínculo histórico com os produtos. “Mas é claro que tem o consumidor de marcas tradicionais que, num mês mais apertado, migra para a Alyne e acaba gostando e ficando, porque o produto é mais barato e tão bom quanto. É uma compra racional”, compara Paulo.


Para conseguir entregar um produto de qualidade, por preço baixo e, ainda ser economicamente saudável, a Cigel gere seus custos com mão de ferro. E investe constantemente em busca de mais eficiência. Em 2015, a empresa realizou grandes investimentos na automatização da produção, para compensar o espaço reduzido da planta (15 mil m²) para o padrão atual da empresa. Tanto que ela mantém um departamento de engenharia responsável por garantir o aproveitamento máximo da estrutura da empresa, que já roda 24 horas por dia, sete dias por semana. A Cigel também sopra suas próprias embalagens, em equipamentos que chegam a produzir 10 mil frascos/hora. Mesmo com toda a inteligência de mercado disponível, existe um limite para avançar sobre as leis da física. Paulo conta que está em busca de uma área, com pelo menos 80 mil m², para erguer uma nova planta já pensando em suportar o crescimento futuro da empresa. “Se eu construísse uma fábrica com o dobro do tamanho atual, seria o suficiente apenas para organizarmos melhor e com um pouco mais de conforto as linhas e equipamentos que temos hoje. A capacidade de produção seria, basicamente, a mesma”, diz o empresário. O investimento no novo espaço deve ser realizado nos próximos anos e consumir, ao menos, R$ 12 milhões, fora investimentos em novas linhas e equipamentos

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